Agronegócios
Programa revoluciona sistema nacional de criação de bezerras leiteiras
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A criação de bezerras leiteiras é uma das fases mais importantes da pecuária leiteira, pois é nela que toda reposição genética acontece, visando sempre animais cada vez mais produtivos e saudáveis no futuro do rebanho. Por isso, saber gerenciar os números e conhecer os principais índices zootécnicos é de suma importância para alcançar os objetivos, traçar metas e estratégias que irão definir o sucesso da criação das bezerras leiteiras, bem como auxiliar na tomada de decisões de manejos e nos rumos da ciência nacional.
Sabendo disso, a Alta Genetics do Brasil investiu em um programa inédito na área de criação de bezerras leiteiras. O projeto Alta CRIA coleta e gerencia os principais dados zootécnicos na fase de cria na pecuária de leite. Com o levantamento – fruto de questionários aplicados aos produtores e pelo envio de dados – é possível definir estratégias, realizar benchmarkings, comparar resultados, além de ser um banco de dados valioso para o desenvolvimento de pesquisas no setor.
“O projeto nasceu da necessidade de levantarmos um panorama de como estava a criação de bezerras leiteiras no país, em diferentes sistemas de produção. Hoje os dados são coletados periodicamente em mais de 50 fazendas distribuídas em todo o país. A partir desses, podemos traçar parâmetros de produção e orientar o criador da melhor forma possível”, explica, Rafael Azevedo, conselheiro e coordenador do programa.
Dentre as fazendas participantes, estão importantes nomes, como: Fazenda Colorado, Grupo Sekita, RAR, Santa Luzia, Agrindus, Frank’Anna, MelkStad/Pereira, Figueiredo, entre várias outras de grande importância na pecuária nacional.
Metodologia
Os colaboradores têm o compromisso de enviar os dados durante três coletas obrigatórias (abril, agosto e outubro), além de uma coleta opcional (dezembro) e preencher o questionário obrigatório, que ocorre no mês de setembro.
Esses dados são trabalhados e avaliados de forma confidencial, por códigos, sendo retornados ao grupo de fazendas. Hoje o programa foca em dado de nascimento (data, tipo de parto e grau de sangue), colostragem (tipo, quantidade, qualidade e proteína sérica), pesagens (nascimento, 30 dias, 60 dias e ao desaleitamento) e nas principais doenças (diarreia, pneumonia e tristeza parasitária), bem como na mortalidade.
Gráfico 1 – Análise de benchmarking de eficiência de colostragem, referentes a coleta de agosto de 2018, de fazendas participantes do programa Alta CRIA 2018.
Gráfico 2 – Análise de benchmarking de ganho de peso de 0 a 30 dias, referentes a coleta de agosto de 2018, de fazendas participantes do programa Alta CRIA 2018.
Gráfico 3 – Análise de benchmarking de ganho de peso do nascimento ao desaleitamento, referentes a coleta de agosto de 2018, de fazendas participantes do programa Alta CRIA 2018.
Além disso, os resultados gerados pelo programa são constantemente contrastados com o Padrão de Criação Ouro (Gold Standards), desenvolvido pela Associação de Bezerras e Novilhas de Leite dos Estados Unidos (DCHA), com propósito de avaliar o desempenho das fazendas de leite no Brasil.
Os colaboradores e participantes do Alta CRIA também possuem acesso a um grupo de comunicação rigoroso, onde são discutidos temas focados em pesquisa e manejos com bezerras leiteiras. “Conseguimos montar um grupo focado e comprometido com a área de criação de bezerras. O mais legal disso tudo é que estão presentes no grupo técnicos, professores, proprietários, gerentes e os colaboradores das fazendas, ou seja, todos tem acesso ao que se tem de mais novo no assunto”, relata Rafael Azevedo.
Os participantes também possuem acesso privilegiado a materiais técnicos, a traduções mensais das principais pesquisas publicadas em renomados periódicos científicos, como o Journal of Dairy Science, revista Hoard’s Dairyman e o site CalfNotes.
“O Programa Alta CRIA tem oferecido a nós produtores a oportunidade de discutir problemas e buscar soluções para um dos pontos mais críticos de um sistema de produção de leite, a criação das bezerras. Muitos estudos modernos mostram a importância de olhar para as bezerras de uma forma mais ampla”, destaca Maurício Cabo Verde, da Fazenda Santa Luzia.
Neste ano os dados fechados serão divulgados no mês de novembro, em evento realizado na Central da Alta, em Uberaba (MG).
Sobre a Alta Genetics
A Alta Genetics é líder no mercado de melhoramento genético bovino do mundo. Com matriz localizada em Calgary, no Canadá, atua em mais de 90 países com nove centrais de coleta: Brasil, Estados Unidos, Canadá, Argentina, Holanda e China. Com 20 anos de história no Brasil, a empresa está sediada na cidade de Uberaba/MG, e tem como missão orientar pecuaristas sobre a melhor maneira de usar a genética aliada ao manejo, nutrição, ambiente, gestão e todos os processos para garantir um animal com todo o seu potencial genético. O compromisso da Alta é criar valor, entregar o melhor resultado e construir confiança com seus clientes e parceiros, em busca do desenvolvimento da pecuária. Mais informações no website: http://www.altagenetics.com.br.